Lançado o Estudo sobre Custo do Trabalho da FGV, onde a principal inovação foi o detalhamento dos custos para além dos tradicionais encargos sobre a
folha. Utilizando como base duas indústrias do setor têxtil, chegou-se ao custo
de 183% além do salário para o um trabalhador demitido com doze meses.
O
Estudo, realizado a partir de convênio com a CNI, pretende ajudar as empresas
no seu planejamento de forma a manter a regularidade das obrigações
trabalhistas e previdenciárias. Além disso, subsidia a identificação de espaços
para desoneração do custo do trabalho.
A semana de maio também é emblemática porque nela se completam os dias de trabalho dedicados, neste ano,
pelos brasileiros, apenas para o pagamento de tributos. A elevada carga sobre
empresas e trabalhadores tem seu efeito negativo ampliado pela ineficiência do
Estado na aplicação dos recursos. Apesar de tantos impostos, a sociedade acaba
tendo que pagar novamente por educação, por saúde, por transporte e por
segurança.
A preocupação continua grande
em relação à desaceleração econômica, ainda influenciada pela situação
europeia. Chama atenção no caso da Europa os discursos anti-austeridade, que
buscam jogar sobre a austeridade a culpa do caos anunciado. Contudo, a situação
do Estado pesado, somado a uma seguridade insustentável, ao endividamento e ao
baixo estímulo aos empregos, cenário que perdurou nas últimas décadas, está
apresentando sua elevada conta. As saídas não são simples. O ideal é evitar
fazer parte deste cenário.
Fonte: Blog RT - Relações do Trabalho